domingo, 18 de maio de 2014

CANCEROLOGIA / ONCOLOGIA 2.2.1.3.2 – Quimioterápicos.

2.2.1.3.2 – Quimioterápicos.

A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica.

O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram hipoplasia medular e linfóide, o que levou ao seu uso no tratamento dos linfomas malignos. A partir da publicação, em 1946, dos estudos clínicos feitos com o gás mostarda e das observações sobre os efeitos do ácido fólico em crianças com leucemias, verificou-se avanço crescente da quimioterapia antineoplásica. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas (Controle do Câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. rev. atual. - Rio de Janeiro: Pro-Onco. 1993).

Os remédios utilizados recebem o nome de agentes quimioterápicos, podendo ser ingeridos ou administrados por veias, artérias e músculos do paciente.  Ao contrário da radioterapia, que tem ação restrita à região em que é aplicada, a quimioterapia atua de forma sistêmica, isso é, alcança as células do câncer (neoplásicas) em qualquer região do corpo.  Existem dezenas de agentes quimioterápicos diferentes, cada um deles com indicações específicas e efeitos colaterais próprios.  Dependendo do tipo de câncer e de sua extensão no organismo, o tratamento pode ter objetivo curativo ou de controle da doença. No tratamento curativo o objetivo da quimioterapia é eliminar completamente a doença. Nos casos em que a doença não pode ser removida por completo, a quimioterapia busca diminuir a quantidade de células malignas no organismo. Determinando uma regressão do câncer ou impedindo que suas células atinjam outros órgãos, a quimioterapia é capaz de prolongar a vida do paciente, reduzindo os sintomas da doença.  Esse é o tratamento de controle.

Entretanto é também necessário que quem cuida tão criteriosamente dos pacientes também se cuide com os mesmos rígidos critérios de segurança(Biosegurança Oncológica), pois a maioria dos procedimentos que envolvem agentes quimioterápicos são cancerígenos bem como o é também a radioterapia. Já os imunoterápicos, hormonioterápicos, vacinoterápicos, procedimentos de geneterapia e de modificadores de resposta biológica nem sempre são capazes de induzir modificação do perfil celular dos profissionais que lidam com eles a fim de induzir mutações que levem ao câncer. Entretanto os cuidados devem ser extensivos a todos os profissionais que lidam na área, como médicos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, farmacêuticos, auxiliares de enfermagem, pessoal de limpeza hospitalar e inclusive com os familiares dos pacientes.

Nos estudos difusos da Quimioterapia alguns princípios e ou procedimentos devem ser levados em consideração.

Exemplos:

1.       Protocolos Quimioterápicos.
2.       Duração do Tratamento.
3.       Efeitos Colaterais.


2.2.1.3.3 –  Quimioterapia antineoplásica.

2.2.1.3.4 –  Quimioterapia antiblástica.

2.2.1.3.5– Gás mostarda - arma química.

2.2.1.3.6– Hipoplasia medular

2.2.1.3.7– Linfoide

2.2.1.3.8– Linfomas malignos.

2.2.1.3.9- Ácido fólico em crianças com leucemias.

2.2.1.3.10- Protocolos Quimioterápicos.

2.2.1.3.11- Duração do Tratamento.

2.2.1.3.12 - Efeitos Colaterais.

Os efeitos colaterais variam de acordo com os medicamentos utilizados, as doses administradas e as particularidades de cada organismo. Alguns desses efeitos são bastante previsíveis, variando apenas sua intensidade de pessoa para pessoa. Outros ocorrem em consequência da sensibilidade individual, manifestando-se em um pequeno número de pacientes.

Os principais efeitos colaterais do tratamento quimioterápico são: Náuseas e vômitos;  Queda de cabelo; Infecções; Cansaço e Fadiga; Obstipação e Diarreia; Alterações da Pele e das Unhas.

2.2.1.3.12.1 - Náuseas e vômitos.

É uma reação comum ao uso de alguns poucos quimioterápicos, que, na maioria dos casos, pode ser controlada com medicamentos específicos. A sensibilidade individual aos quimioterápicos apresenta grande variação. Durante a aplicação de um mesmo protocolo, algumas pessoas nunca sentem náusea, enquanto outras se mostram frequentemente nauseadas. As náuseas e os vômitos podem ocorrer tanto por irritação da superfície do estômago, como pela ação dos quimioterápicos sobre o sistema nervoso central. O controle da náusea é obtido pelo uso de medicamentos específicos, os antieméticos (que controlam o vômito), aplicados durante a quimioterapia e nos dias que se seguem ao tratamento. Náuseas e vômitos devem ser sempre relatados para que se possa determinar o ajuste das medicações a cada paciente. Algumas dicas úteis sobre alimentação para pacientes em quimioterapia:

1)      Faça pequenas refeições ao longo do dia e evite beber líquido próximo às refeições, de forma a não distender o estômago.
2)      Evite comidas gordurosas ou frituras
3)      Mastigue lentamente os alimentos e repouse em posição sentada após as refeições;
4)      Beba suco de frutas gelado ao longo do dia
5)      Evite bebidas gasosas
6)      Evite ficar exposto (a) a cheiros fortes (fumaça, perfumes, frituras etc.)
7)      Vista roupas folgadas, evitando comprimir o abdome.

2.2.1.3.12.2 - Queda de cabelo

A queda de cabelo (alopecia) é o efeito colateral mais temido pelos pacientes que se preparam para iniciar o tratamento quimioterápico. Apesar de bastante comum, a queda de cabelo nem sempre ocorre: sua incidência varia de acordo com os medicamentos utilizados no tratamento.
O sintoma costuma ter início na segunda ou terceira semana do tratamento, acentuando-se a cada novo ciclo de quimioterapia. Apesar de ser mais evidente no couro cabeludo, pode também ocorrer em outras partes do corpo. A queda de cabelo ocorre por ação da quimioterapia sobre as células em divisão na raiz dos cabelos. Sua intensidade varia conforme os medicamentos empregados e a sensibilidade de cada paciente. Pode ocorrer uma queda parcial, deixando os cabelos apenas mais ralos, ou uma queda completa dos fios.

Alguns cuidados podem diminuir a agressão da quimioterapia ao couro cabeludo:

1)      Utilizar xampus suaves e escovas de cerdas macias
2)      Proteger o couro cabeludo da luz do sol
3)      Aplicar pouco calor quando utilizar o secador de cabelos
4)      É sempre importante destacar que a queda de cabelo é transitória. O cabelo volta a crescer imediatamente após o término da quimioterapia.
5)      Para aqueles que pretendem utilizar perucas, recomenda-se adquiri-las antes que a queda de cabelos ocorra, o que permite melhor ajuste à cor dos cabelos naturais e adaptação ao corte.

2.2.1.3.12.3 - Infecções.

É o efeito colateral mais temido nos pacientes em tratamento oncológico, especialmente naqueles que estejam recebendo quimioterapia. Isso se deve ao fato de que a quimioterapia diminui a imunidade e pode predispor a infecções, além de fazer com que, potencialmente, qualquer infecção seja grave. Assim, ao menor sinal de infecção, procure imediatamente um pronto-atendimento, informando a data da última aplicação de quimioterapia e o telefone de seu médico ou equipe multidisciplinar.
Ao chegar ao pronto-atendimento, o paciente irá passar pela coleta do hemograma e das chamadas hemoculturas (sangue para avaliar se há crescimento de alguma bactéria), e será ministrado nele antibióticos endovenosos, até ter o resultado dos exames. Nunca menospreze febre, ela pode indicar uma emergência.

2.2.1.3.12.4 - Cansaço e Fadiga.

Além da doença, o próprio tratamento e a anemia podem causar cansaço, que costuma ser cumulativo, ou seja, aumenta com o passar do tratamento. Pode também ocorrer uma confusão entre o que é realmente cansaço e quanto do sintoma poderia ser atribuído (devida ou indevidamente) à depressão. Assim, fique atento e considere a possibilidade de parte do cansaço consistir em sintomas depressivos.

Seu médico, um psicólogo ou um psiquiatra poderão ajudar a reconhecer os sintomas. O cansaço pode ser combatido pela otimização dos níveis de hemoglobina (com transfusão, em alguns casos com hormônios estimulantes da produção de sangue), com atividade física, entre outros.

2.2.1.3.12.5 - Obstipação e Diarreia.

A obstipação (prisão de ventre) e a diarreia podem ocorrer em consequência do tratamento ou das alterações nos hábitos alimentares e pessoais que o paciente experimenta nesse período.
Em geral, a redução da ingestão de alimentos, especialmente dos ricos em fibras, e a inatividade física são os principais responsáveis pela obstipação. Alguns pacientes apresentam prisão de ventre, porque fazem uso de outras medicações que causam o sintoma, como o uso de medicações com derivados de morfina para controle de dor.

Algumas medidas simples podem resolver o problema:

1.       Aumento da quantidade de alimentos ricos em fibra na dieta
2.       Ingestão de um maior volume de líquidos
3.       Atividade física regular

O uso de laxativos está reservado aos pacientes que não responderem a essas medidas simples ou aos que já vinham fazendo uso desses medicamentos, sempre com prescrição médica.

Quanto à diarreia, ela realmente pode ser consequente de algumas medicações quimioterápicas, é um evento considerado comum para vários protocolos de quimioterapia. Nesse caso é recomendável procurar seu médico e discriminar se a causa da diarreia é medicamentosa ou infecciosa. Os tratamentos são diferentes para cada um dos casos. Caso seja diagnosticado apenas a diarreia por medicação, o paciente é recomendado a tomar medicamentos que previnem o quadro e, em casos mais graves, a quimioterapia pode ser diminuída ou suspensa.

Algumas medidas simples podem diminuir a gravidade da diarreia:
Evitar o consumo de lanches, comidas cruas, saladas e frutas de origem desconhecida ou mal lavadas – por conta da contaminação alimentar.

Mantenha sempre uma ingestão adequada de líquidos, de preferência água.

2.2.1.3.12.6 - Alterações da Pele e das Unhas.

Alguns agentes quimioterápicos podem causar alterações na pele, sendo as mais frequentes: coceira (prurido), vermelhidão, descamação, ressecamento e acne. Além disso, as unhas podem se tornar escuras e quebradiças.
Existem medicamentos que, quando administrados na veia, provocam o escurecimento da pele, especialmente nas áreas que recobrem as veias pelas quais esses medicamentos foram aplicados.

Todos esses efeitos costumam regredir alguns meses após o término do tratamento. A exposição à luz do sol pode potencializar os efeitos dos quimioterápicos sobre a pele. Por isso, recomenda-se, em muitos casos, o uso permanente de fotoprotetores.

Cansaço e alguma toxicidade sobre os nervos também podem levar a alterações de pele e unhas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário